Lenny Kravitz e Jakob Dylan prestam homenagem a Bob Marley, 30 anos depois

A lenda de Bob Marley se mantém viva e a influência de sua música está presente em todos os cantos do mundo 30 anos após sua morte, uma data que será lembrada nesta terça-feira com homenagens de Lenny Kravitz e Jakob Dylan, entre outros artistas.

"Não achamos que ele esteja morto, mantemos vivo. Seus filhos são uma prova de seu legado musical", diz a viúva do músico, Rita Marley, em entrevista à emissora americana "CBS" divulgada na página oficial de Bob, morto vítima de um câncer em 1981.

Nascido em 1945, de família humilde, em Nine Mile (Jamaica), o cantor e compositor é considerado um dos mitos da música do século XX e o expoente máximo do reggae. Não por acaso, o disco de grandes sucessos "Legend", publicado pela primeira vez em 1984, continua sendo o álbum mais vendido da história deste estilo musical.


Sua lenda começou em 1973 com o álbum "Catch a Fire", gravado no início de sua parceria com a banda The Wailers. Na sequência, veio "Burnin" e um êxito crescente nos EUA com sucessos como "Get Up", "Stand Up" e "I Shot the Sheriff".

À época, Bob já estava casado com Rita e adepto ao rastafári, religião que mescla profecias bíblicas, filosofia naturalista e orgulho negro, tendo a maconha como parte da liturgia, que tanto contagiou sua música.

Após a recomposição da parceria com a banda, que passou a se chamar Bob Marley & The Wailers, continuaram os sucessos fonográficos. Com eles, vieram os discos "Natty Dread" (1975) e, sobretudo, "Rastaman Vibrations" (1976), que chegou aos primeiros lugares dos rankings nos Estados Unidos, expondo vivamente sua mensagem de amor e crítica social.

Radicado nos EUA após ter sido baleado em Kingston, Bob lançou "Exodus" (1977), "Kaya" (1978), "Babylon By Bus" (1978) e "Survival" (1979), que aumentaram sua fama internacional. Seu último disco em vida foi "Uprising" (1980), cuja turnê pela Europa viu recordes de público.

Finalizada essa turnê, Bob não resistiu ao câncer e morreu em Miami com apenas 36 anos. Seu corpo foi levado a um mausoléu da Jamaica, que venera o músico como um dos símbolos mais importantes do país.

Desde então, não faltaram coletâneas e, inclusive, um disco póstumo, "Confrontation" (1983). Em março passado, a Universal Records lançou "Bob Marley & The Wailers - Live Forever", que a viúva do músico destacou como exemplo "da mensagem de esperança, unidade e amor" do icônico artista.

Gravado em Pittsburgh (EUA) em 1980 durante a turnê do disco "Uprising", "Live Forever" foi o último show realizado pelo compositor de "No Woman no Cry" e "Get Up Stand Up". Mas não será este o único tributo a sua memória.

A partir desta segunda-feira, seu filho Ziggy participará - junto a Chris Cornell, Jennifer Hudson, Jakob Dylan e Lenny Kravitz - de eventos especiais em lembrança ao músico no programa de televisão do ator e apresentador Jimmy Fallon na emissora "NBC".


No programa, eles pretendem fazer suas próprias versões das músicas de Bob. Os especiais durarão uma semana e neles será possível ouvir interpretações de clássicos como "Loving Cup" e "Rip It Up." Na Espanha, o Rototom Sunsplash - o maior festival reggae europeu, que será realizada em agosto em Benicassim (Castellón) - já anunciou que contará com a participação de Bunny Wailer, o único integrante vivo da formação original dos The Wailers.

E as homenagens não se limitam à música. O cineasta escocês Kevin MacDonald se propôs redescobrir Bob Marley além do mito em um documentário, "Marley", que tem estreia prevista para setembro e que contará com o apoio da família do artista e com o material audiovisual existente, inclusive arquivos privados.

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